Vasculho no
bolso centavos pra viagem,
Viagem esta
que não vale um centavo
E, ao meu
lado, um velho com bagagem
Carrega
dores, fobias e o peito entrevado.
Não que eu
ainda esteja no páreo,
Que eu seja
azarão, garanhão ou pária...
Gastar o
pulmão na pista dum jóquei
Não freia a
velhice nos seios da tara.
Espantalhos
desdentados me pedem moedas.
Fedores e
ferimentos... Sóbrios às vezes...
Onde estão
os donos dessas fezes?
Há mais
doentes e pobres do que poetas.
Mais
cardíacos do que cavalos
E mais
fezes humanas do que ratos.