quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

CIRCENSE II

Ruflam os tambores:
Mãos encobrem olhos...
Tapam bocas...

Cai o equilibrista da corda bamba
Silenciando a roda de samba.
O malabarista derruba ovos no chão,
O trapezista parece com o cu na mão
E o engolidor de espada
Não parece afiado hoje.

O pirofagista engasga,
A fera masca a cabeça do domador;
O artista erra o alvo e alveja sua irmã
E na plateia não há voluntários
Pra assistente do mágico
No truque do serrote.  

O apresentador anuncia o palhaço
“mas este foi comprar cigarros e se extraviou”,
Informa a desolada mulher barbada.
Da arquibancada calafrios, vaias,
Pipocas, flashes e piadas 
Do episódio do extravio.

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