Cachorros e ratos,
pombos e mendigos,
pelejam a céu aberto
pelo lixo orgânico.
De repetentes
a, de repente, reincidentes;
antes fliperamas...
Sem credits, sobram dramas.
Homicídios em 3D
e não é sangue de sachê.
Os meninos, antes heróis,
dos meninos são anti-heróis.
Neném ninado por arrulhos,
ventres prenhes de entulhos.
A pá compondo a cova
a digerir sonho decomposto.
Meninas antes inacessíveis,
ficaram tão perecíveis.
Metais nobres, de quilates,
pesam menos que biscates.
Que adianta derrubar a estátua
e depois, do nada, está a tua?
Içar bandeira contra bandeiras,
Queimando bruxas nas fogueiras?
Na cidade ramificam-se ruas,
no corpo urbanizam-se veias,
veias azuis saltam das véias,
soldados aspiram enfermeiras nuas.
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