quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ANTIGAMENTE


antigamente eu citava o poente
cantava a lua feito um doente,
nunca via a aurora de bom hálito
e era surrado pelo sol tal hábito.

mofado meu Português falhava
amarelados textos eu respirava,
parecia do sol ter alergia
e com a solidão fazia orgia.

da janela a vida invadia aos gritos...
corações de todas as idades,
palavrões novos, alguns antigos,

e eu acamado, inflamado... Doído
tendo remédios como amizades
e um gosto acre de vômito, não xingo.

Um comentário:

  1. Além de retribuir a visita, a qual faço com muito prazer, venho também pra conhecer sua poesia. Quer saber? Uma das mais belas e instigantes que tenho lido por esses dias.
    Gostei demais, poeta !

    Abraços!!

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