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Ah... Os sons da noite.
O carro em alta velocidade e sonoridade que em nada pensa ao seu redor.
Os passos cansados de trabalhadores com destino ao seu lar e cama,
fatigados pelas horas e horas de trabalho.
Os beijos e abraços de despedida de amantes que a muito custo desgrudam-se lenta e risonhamente.
O balançar das folhas quando o vento bate e estremece altos galhos,
trazendo zumbidos arrepiantes.
Ouso dizer que ouço o som da nuvem que encobre a lua a clamar pelo brilho do Sol,
noutro lado, noutros continentes e que anseia por anos a fio o reencontro em forma de eclipse.
Ouço um coração descompensado e descompassado
num tum tum tum sôfrego e atrevido
insistente em avivar um corpo já dormente.
ML VOQUEVANTEL
* poema de MARTINE LINN VOQUEVANTEL
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